quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Eu quero crescer. Juro, quero mesmo. Quero aprender línguas que não sei. Quero conhecer novas culturas, povos, lugares. Quero me desapegar do velho. Quero não me fechar para as mudanças e para o novo. Quero dar amor, afinal, é ele a grande essência da vida. Quero não acumular rancores nem alimentar mágoas. Quero aprender a me pedir desculpa. Quero abandonar algumas saudades. Quero aprender a conviver com o que não posso modificar. Quero me mover mais e mais e mudar o que está ao meu alcance. Quero pouco e quero muito. Quero nada e quero tudo. Quero esquecer o que precisa ser esquecido. Quero nunca deixar de sorrir. Quero aprender a descascar laranja. Quero perder o medo de trovão. Quero ir. E vir. Mas nunca, nunca mesmo, deixar de sentir.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

E ainda que quisesse, quisesse muito, tem coisas que nem mesmo o tempo pode mudar. Embora ela estivesse perdidamente apaixonada, embora o amor estivesse batendo na sua porta, ainda sim havia coisas que ela não conseguiria mudar. Como toda a eterna apaixonada, a pobre menina não desistiu. Empurrava todas as coisas ruins, multiplicava as boas e assim ia vivendo. Em um dia não tão bonito como de costume, a garota então fora encurralada por todas as coisas ruins que fingia não ver. E eram tantas, mas tantas, que a pequena menina se jogou no chão aos prantos. E ela perguntava aos céus: - ‘Porque, meu Deus? Porque?’ E uma voz lá no fundo respondia: ‘Os medos que não tiveste coragem de enfrentar, chegam mais cedo ou mais tarde pra atormentar.’ Depois de tanto sofrer, a garotinha então entendeu que amar não era aceitar. Amar era entender e enfrentar. 

                                             Manoela Meinke.